O Processo da Santificação

sábado, 16 de julho de 2011

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Antônio Carlos Costa
Há evangélicos que infelizmente criaram um conceito de graça dentro do qual não cabe a doutrina da santificação. Tudo o que enfatizam é o amor perdoador de Deus. Não fazem menção do seu amor transformador. Falam de um Deus que no livra da culpa do pecado, mas não da escravidão do pecado. A promessa do evangelho, porém, envolve ambas as bênçãos: "dos seus pecados não mais me lembrarei, e lhe darei um coração novo". (cf. Hebreus 8:10-12; Ezequiel 36:26-29)
Foge à minha compreensão, como um pessoa pode dar-se por satisfeita por Cristo ter morrido pelos pecados dela, mas não se indignar com a presença em sua vida do pecado que levou Cristo à cruz. Ora, meu problema não é apenas o da culpa da qual quero me curar, mas de uma servidão da qual quero me libertar. Não devemos nunca nos deixar viciar por um perdão que nos conduz a sermos malvados porque Deus é gracioso.
O que é a santificação? Vamos às afirmações básicas:
1. Santificação é processual. A regeneração, justificação e adoção são instantâneas. A santificação resulta da operação diária do Espírito Santo na vida do convertido, mediante a qual sua vida dia após dia é tornada semelhante a Cristo.
2. Santificação resulta de trabalho duro. Quem quer ser santo deve separar tempo para isso. Nenhuma passagem bíblica nos estimula esperarmos pela experiência da benção da santificação, mas fazermos o que estiver ao nosso alcance -pela graça divina- para que Cristo seja formado no nosso ser. Ninguém é tornado santo sem disciplina de vida de oração, leitura das Escrituras, comunhão com a igreja.
3. Santificação tem Cristo como referência. Ser santo é ser tornado parecido com Cristo. Não é ser batista, presbiteriano, pentecostal, evangélico, católico. É ser como Cristo. Um Cristo que não cabe em nenhuma tradição de espiritualidade.
4. Santificação é aprender a amar. Nada é mais importante do que isso. É ser doce e desejar a Deus. 
5. Santificação é obra a ser consumada no céu. Aqui na terra vem sempre acompanhada de muita imperfeição. Por isso, quem anda pela senda da santificação é humilde de espírito, chora pelo seu pecado, é manso e tem fome e sede de justiça.
6. Santificação é obra que tanto conduz à ética privada, quanto produz espírito público. É impossível dissociar, por exemplo, o bom pai e membro de igreja do bom cidadão. Como essa pessoa pode amar sua família, querer o bem da sua igreja e menosprezar a dor do que é explorado, vive na miséria e tem seus direitos violados todos os dias?
Sem santificação ninguém verá a Deus. O tema é sério. A maior evidência de novo nascimento é a presença de um coração santo que produz hábitos santos. A graça que garante a regeneração do coração e consequente implantação de um princípio novo de vida, inevitavelmente levará ao que dela foi objeto à prática do cristianismo. Praticar a verdade é a principal parte do cristianismo. Pelo fruto se conhece árvore.
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