A ação do Espírito Santo na vida da igreja

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

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Referência: Zacarias 4.6
Sem a ação do Espírito Santo não haveria nenhum crente e nenhuma igreja existiria.
O Espírito Santo é quem aplica a obra de Cristo em nosso coração. Ele é quem gera vida: biológica e espiritual.
I. A NECESSIDADE DE SE ESTUDAR SOBRE O ESPÍRITO SANTO
O Credo Apostólico dá pouca ênfase ao Espírito Santo. Diz apenas: “Creio no Espírito Santo”, mas nada fala de seus atributos nem de suas obras.
No período dos pais da igreja e durante a Idade Média nenhum obra de vulto foi escrita sobre o Espírito Santo.
João Calvino foi chamado “o teólogo do Espírito Santo”. Ele teve uma visão orgânica da Pessoa e Obra do Espírito Santo, embora não tenha escrito nenhuma obra específica.
O puritano inglês, John Owen, maior teólogo da Inglaterra, escreveu uma obra clássica sobre o Espírito Santo.
Abraham Kuiper, teólogo, político e educador holades, escreveu uma obra de grande vulto sobre o Espírito Santo e disse: “Se os ministros não derem crédito à obra do Espírito Santo, darão pedra em vez de pão ao seu rebanho”.
John Stott diz que o maior problema da igreja hoje é a polarização. Uns distocem a doutrina do Espírito Santo; outros só falam dela. Outros, ainda, apagam o Espírito.
J. I. Packer, no seu livro Na Dinâmica do Espírito, falou que o Espírito Santo tem o ministério do holofote. Disse ele: “O Espírito age como um holofote oculto que focaliza a sua luz no Salvador, fazendo-o resplandecer. A mensagem do Espírito para nós nunca é: olhe para mim; escute-me; venha a mim; conheça-me; mas sempre é: olhe para Jesus e veja a sua glória; ouça-o e escute as suas palavras; vá a ele e tenha vida. Conheça-o e prove o seu dom de alegria e paz.
O Espírito é o aplicador da obra de Cristo. Sem o Espírito Santo a obra de Cristo não poderia nos valer. Ilustração: Uma pessoa pode morrer dentro de uma farmácia se o remédio eficaz para a sua cura não lhe for aplicado. A obra do Espírito Santo é tão importante como a obra de Cristo.
Hoje, quando se fala no Espírito Santo, quase só se pensa em dons, especialmente os dons de sinais. Não se pode restringir a ação do Espírtio Santo aos dons. Não somos apenas carismáticos, somos pneumáticos.
II. A NECESSIDADE DE SE REINFATIZAR A AUTORIDADE DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DA IGREJA
1. No século XVII surgiu um grande conflito: um grupo que depois foi cognominado de QUAKES afirmava que “nada importava a não ser a autoridade do Espírito; nada importava senão a luz interior, a experiência íntima”. As Escrituras não eram necessárias. Isso é um engano. “O Espírito Santo dirá tudo o que tiver ouvido…” (Jo 16:13). O Espírito Santo nos guia pela Palavra.
2. Mas há um outro extremo: É negligência acintosa à autoridade do Espírito Santo na vida da igreja. Na Igreja apostólica, eles diziam: “Pois parecebeu bem ao Espírito Santo e a nós…” (At 15:28). Hoje, as eleições conciliares, com algumas exceções, já são decididas na véspera. Cada voto é disputasdo, é computadorizado. A oração pedindo a direção do Espírito é uma afronta à soberania do Espírito.
3. Quais as razões dessa negligência?
a) Nos meados do século XIX aconteceram grandes reavivamentos na Inglaterra, País de Gales, Escócia, Irlanda e Estados Unidos. As pessoas eram sensíveis ao Espírito Santo. As pessoas não estavam preocupadas consigo mesmas, ou com posição ou dignidade.
A idéia do culto solene – Logo depois, introduziu-se outra idéia e as pessoas começaram a falar acerca de um culto solene – a ênfase era a capacidade intelectual do pastor, mais importante do que sua consagração e enchimento do Espírito.
O medo do entusiasmo – O medo de cairmos no exagero e excesso de alguns segmentos evangélicos, levaram-nos ao medo das emoções. Não há cristianismo sem emoção. Vemos na Bíblia o choro pelo pecado. A alegria indizível e cheia de glória. Quem compreende a verdade e não se emociona nunca entendeu a verdade. J. I. Packer no seu livro Na Dinâmica do Espírito fala que não há nada mais solene do que um cadáver. Mas, ele está morto.
O medo do Espírito Santo – NO SPS quando os seminaristas se reuniam para orar eram vigiados com medo que se tornassem pentecostais. Dr. Oto Guanães Dourado disse que recebemos uma herança anti-pentecostal, anti-espiritual e anti-Espírito Santo.
Só o conhecimento da teologia não basta – Temos uma doutrina maravilhosa, mas se não for banhada pelo óleo do Espírito, tornamo-nos com a igreja de Éfeso, ortodoxa, operosa, mas sem amor.
4. Os esforços da igreja para recuperar a autoridade – A igreja tem consciência de que lhe falta algo. Essa falta não está em Deus, na Palavra, mas em nós. A igreja fala de poder, mas não tem poder.
a) A Palavra de Deus era a verdade na boca de Elias. Na boca de muita gente a Palavra de Deus não tem o poder da verdade.
b) O bordão profético na mão do Geazi não teve poder para ressuscitar o menino morto, mas na mão de Eliseu sim.
4.1. No final do século XVII e começo do século XVIII a igreja começou a sentir que estava perdendo sua autoridade:
Decidiram então FUNDAR UMA NOVA SÉRIE DE PRELEÇÕES. O objetivo dessas conferências era: defender a fé cristã e produzir um sistema de argumentos e apologética em defesa da fé.
Mas, não foram as preleções de BOYLE, nem as obras de BUTLER que restabeleceram a posição da igreja e restauraram a sua antiga autoridade. Foi através do Espírito Santo na vida de George Whitefield e John Wesley na Inglaterra e Jonathan Edwards, nos Estados Unidos. O que as preleções não puderam fazer o Espírito Santo fez.
4.2. No início do século XIX, a igreja sentiu mais uma vez a perda do poder. O que fazer?
Conferir mais autoridade ao pregador. Afastá-lo mais das pessoas. Precisa investí-lo de uma aura de autoridade. O pregador deverá vestir-se de uma maneria diferente. Puxaram-no para um lugar mais alto, o altar. Assim as pessoas o escutariam.
Mas o poder não veio por este canal. Veio quando o Espírito Santo foi derramado em 1857 na América. Foi Deus intervindo com o seu Espírito e não as tentativas dos homens que reergueram a igreja.
Hoje estamos a perguntar: como podemos atingir as massas que estão lá fora? Como causar impacto? Publicidade? Propaganda? Preocupação social mais ativa? Fazer mais uso do rádio e TV. O método de Deus é o mesmo: através do poder do seu Espírito.
III. A NECESIDADE DE SE CONHECER O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DA IGREJA
1. O Espírito Santo é quem nos convence de pecado (Jo 16:9)
Não há arrependimento sem a ação do Espírito Santo.
Tem havido pouca convicção de pecado em nosso meio. Falta lágrimas de arrependimento. Falta tristeza pelo pecado.
Há muito ajuntamento e pouco quebrantamento. As pessoas não gostam de ser confrontadas. Exemplo: Prega sobre os judeus, não há nenhum aqui.
Evan Roberts: Senhor, dobra a minha vida.
2. O Espírito Santo é quem nos regenera (Jo 3:5,8; Tt 3:5; Ez 37)
O Espírito Santo é livre – Ele sopra aonde quer. O Espírito Santo onde jamais sopraríamos. Ele apanha as coisas loucas para envergonhar as fortes. Exemplo: O colportor do Rio que foi convertido em Bangu I lendo um dos meus livros.
O Espírito Santo é soberano – Ninguém pode deter o vento. Ele chama e chama irresistivelmente. O Espírito Santo dirige, fala, escolhe, separa.
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