
Um monge, com muitos anos de vida e meditação, certa vez ao procurar um local bem ermo para que pudesse ficar só com seus pensamentos, encontrou, numa montanha bem afastada da cidade, uma caverna bem escura. Levando lanternas e alimentos, foi para o interior da caverna e ali ficou durante um tempo, meditando. De repente foi “despertado” de sua meditação por um ratinho que passou correndo e mordiscou sua sandália. O monge, muito irritado, abriu os olhos e gritou para o rato: “Por que está me perturbando?”
O ratinho respondeu para o monge: “Estou com fome”.
“Vá embora, rato bobo”, repreendeu-o o monge. E continuou: “Você não vê que estou buscando a união com Deus. Como pode pensar em me perturbar?”
O ratinho, na sua pequenez respondeu ao monge, ensinando-lhe uma preciosa lição a aquele que se julgava sábio: “Como pretende tornar-se um com Deus, se não consegue sequer tornar-se um comigo?”
Reflexão – Muitos de nós, que de alguma forma estamos – ou pensamos – estar em sintonia com Deus e suas coisas, não nos damos conta dos “ratinhos” que nos cercam, e que de nós precisam, muitas vezes, por diversos motivos, grandes ou pequenos. Precisamos descobrir – e viver essa descoberta – que para tornar-se um com Deus é preciso, em primeiro lugar, tornar-se um com o próximo, tenha este próximo a cor, a religião, a opção de vida, a raça ou qualquer outra forma de pensamento ou vida, que contradiga nossas opções.
Só assim, um com o próximo, seremos um com Deus. Lembre-se...
É fácil trocar palavras, difícil é interpretar silêncios.
É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar.
É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração.
É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor.
É fácil sentir amor, difícil é conter sua força.
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