Dicas de Canto: O Alcance da Voz

sexta-feira, 24 de junho de 2011

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Quaisquer que sejam as mudanças de timbre , intensidade, de altura ou as modificações das candições ambientais, a técnica vocal deve permanecer a mesma.O cantor deve simplesmente adaptá-la a estes diferentes parâmetros.
A voz produzida , se ressente, se transforma no interior de nossos órgãos. Do ponto de vista funcional, o alcance vocal está sempre relacionado com a energia gasta e se traduz, principalmente, pela consciência de uma tonicidade generalizada no corpo inteiro, às sensações proprioceptivas mais perceptíveis e ao enriquecimento do jogo acústico do timbre.
A voz, diferentemente dos outros instrumentos, não é materializada e por esta razão e mais difícil de controlar . É por este motivo que o cantor deve ter a sua disposição, uma técnica segura, consciente baseada nas sensações e movimentos precisos que lhe permitirão não perder o domínio da voz quando estiver nas grandes salas, nas igrejas, ao ar livre ou em locais desprovido de acústica.
Assim pode-se dizer que, a condição essencial para que a voz tenha alcance é o controle das sensações internas. São as sensações musculares que, particularmente, informam sobre a atividade dos órgãos e seguindo-se a elas é a sensação de vibração que permite situar o tremor vibratório. Isto é tão evidente que muitos cantores colocam a mão sobre a caixa craniana para senti-lo melhor. Este procedimento não é recomendável,(Salvo momentâneamente) pois quando é suprimido, o cantor tem a impressão de não ter mais voz e fica desorientado.
O cantor sente a necessidade de localizar essas sensações e os instrumentistas também as buscam. Alguns deles tocam com os olhos fechados para sentir as vibrações de seu instrumento, juntar-se a ele, isolar-se do público e concentrar-se melhor. Por estas mesmas razões a famosa cantora negra Marian Anderson cantava sempre de olhos fechados.
Buscar o alcance da voz procurando lançá-la para "a frente" e um erro fundamental. Esta atitude provoca a contração da laringe, das cordas vocais, que contraem as cavidades de ressonância e passam a exercer uma pressão exagerada. Levam, pois, a um esfôrço generalizado do corpo todo, com todas as conseqüências que isto pode ter sobre a laringe e sobre o timbre. Não é por um excesso de intensidade que a voz terá um melhor alcance. Antes de tudo, o que importa é poder realizar uma distribuição do trabalho muscular, bem como adotar as corretas atitudes orgânicas, a fim de obter uma voz homogênea que possua, desde a saída dos lábios, o máximo de riqueza acústica.
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