Na quinta-feira (15) o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC/SP) publicou uma carta escrita por ele em 1996, quando tinha apenas 24 anos, em que promete a esposa, Edileusa Feliciano, que um dia seria um “grande e poderoso pregador”.
Capaz de reunir uma multidão em qualquer templo ao redor do mundo, Marco Feliciano ganhou notoriedade e respeito durante o seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Entrou na lista das personalidades mais influentes do país e tornou-se o pastor líder de audiência nas redes sociais, com mais de 1,3 milhão de seguidores somente no Facebook.
Feliciano afirma que quando escreveu a carta para a sua esposa não imaginava que Deus poderia leva-lo tão longe. “Muitas vezes somos incapazes de vislumbrar o que Deus tem preparado para nossas vidas, mas quanto mais pudermos sonhar, mais longe Ele poderá nos levar”, explica o pastor.
Líder da Igreja Assembleia de Deus Catedral do Avivamento e respeitado entre os principais lideres evangélicos do país, Feliciano passou a ser temido por conta da influência. Foi eleito deputado federal em 2010 pelo Partido Social Cristão (PSC), que na época não tinha a mesma visibilidade que tem hoje. E entre os 73 parlamentares da bancada evangélica é o que obteve maior votação, mais de 200 mil votos.
Considerado um dos principais conferencistas brasileiros, com milhares de mensagens espalhadas em DVDs em redor do mundo, Marco Feliciano é requisitado nos principais congressos e eventos evangélicos do país.
Com uma postura firme em relação a temas considerados polêmicos, como o casamento gay, adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo, a legalização das drogas e a liberação do aborto, Feliciano conquistou a admiração de católicos, evangélicos e conservadores.
Sobre a carta, Feliciano lembra que estava passando por dificuldades, que ainda não tinha um ministério reconhecido e que mesmo assim acreditava que Deus poderia realizar os sonhos e projetos que ele tinha em mente. “O que mais queria era fazer a vontade de Deus”, conta Feliciano.
Acusado de racismo e homofobia, e perseguido por diversos segmentos da imprensa, Marco Feliciano se considera um evangélico conservador e acredita que só conquistou uma posição de destaque por conta de sua postura.
Conta que passou por situações que ninguém poderia imaginar e não esconde que chegou a chorar em seu gabinete no período de perseguição por conta de sua nomeação para a CDHM. Diante da pressão chegou a perder o apoio de aliados políticos e teve compromissos cancelados em diversas igrejas, mas afirma que jamais pensou em desistir.
“As dificuldades que passei ao longo dos anos me ensinaram a permanecer firme em momentos de crise. As manifestações contra mim, 40 desde o dia 7 de março, não juntaram 5.000 pessoas. Você viu algum pai de família?”, disse.
A resposta de sua postura foi o grito de mais de 100 mil pessoas em 2013, durante congresso dos Gideões Missionários da Última Hora. Pregador confirmado desde 2001, Feliciano é sempre um dos conferencistas mais aguardados no evento.
Na época, milhares de pessoas vindo de diversas partes do Brasil ovacionaram o líder evangélico com um sonoro grito de “Feliciano me representa!”. Uma resposta aos manifestantes que tentaram intimidar o parlamentar ofendendo e ameaçando sua família. Feliciano não se conteve e chorou sob amparo da filha mais velha e da esposa.